Por Alexandre Bedin
A declaração de Imposto de Renda é uma obrigação anual de milhões de brasileiros, mas também pode ser um momento de dúvidas e confusões. Para evitar problemas com a Receita Federal e garantir que todos os benefícios sejam aproveitados, é essencial se preparar com antecedência. Neste artigo, explicaremos como organizar os documentos, aproveitar as deduções legais e entender as possibilidades de isenção.
1. Quem é obrigado a declarar?
Antes de mais nada, é importante saber se você está dentro do grupo de pessoas obrigadas a declarar o Imposto de Renda. Em 2025, deve declarar quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 no ano anterior, teve rendimentos isentos acima de R$ 40.000, obteve ganho de capital na venda de bens, ou possuía bens avaliados em mais de R$ 300.000, entre outros critérios.
2. Reúna seus documentos
A organização é o primeiro passo para uma declaração tranquila. Reúna documentos como informes de rendimentos de empregadores, bancos e corretoras, comprovantes de despesas médicas, educacionais e de contribuições previdenciárias, além de informações sobre compra e venda de bens e recibos de doações realizadas.
3. Aproveite as deduções legais
O Imposto de Renda permite deduzir algumas despesas do valor total a pagar, como gastos com educação, saúde, dependentes e contribuições para a previdência privada. Esses abatimentos podem reduzir significativamente o valor devido ou aumentar a restituição, então certifique-se de incluir todos os comprovantes.
4. Faça a escolha entre declaração simplificada e completa
A Receita Federal oferece dois modelos de declaração: a simplificada e a completa. A simplificada concede um desconto padrão de 20% sobre os rendimentos tributáveis, limitado a um teto, e é ideal para quem tem poucas despesas dedutíveis. Já a completa permite incluir todas as deduções legais, sendo vantajosa para quem possui despesas elevadas com saúde, educação ou dependentes.
5. Quem está isento?
A isenção do Imposto de Renda é garantida a alguns grupos, como pessoas com rendimentos mensais abaixo de R$ 2.379,98, aposentados com mais de 65 anos que recebem até R$ 28.559,70 anuais, e portadores de doenças graves, como câncer, Parkinson e AIDS, desde que os rendimentos sejam provenientes de aposentadoria, pensão ou reforma.
6. Doações e incentivos fiscais
Você sabia que é possível destinar até 6% do imposto devido para projetos sociais, culturais e de saúde? Essas doações podem ser feitas diretamente na declaração e ajudam a reduzir o valor a pagar ou aumentar a restituição, ao mesmo tempo em que incentivam ações importantes para a sociedade.
7. Atenção ao prazo
O prazo para a entrega da declaração geralmente começa em março e termina no final de abril. Enviar a declaração no início do prazo pode ser vantajoso, especialmente para quem tem restituição a receber, pois as devoluções começam pelos contribuintes que enviam primeiro.
8. Evite erros comuns
Erros na declaração podem levar à malha fina da Receita Federal. Informar valores incorretos, esquecer de declarar fontes de renda ou omitir bens são algumas falhas frequentes. Revise sua declaração antes de enviá-la para evitar problemas futuros.
9. Ferramentas e suporte
A Receita Federal disponibiliza um programa de preenchimento e envio da declaração, que é atualizado anualmente. Além disso, contratar um contador pode ser uma boa opção para quem tem uma situação fiscal mais complexa ou prefere ter ajuda profissional.
10. Benefícios de se planejar com antecedência
Preparar-se com antecedência para o Imposto de Renda traz tranquilidade e evita correrias de última hora. Além disso, permite que você aproveite ao máximo as deduções legais e identifique oportunidades de isenção. Assim, você cumpre suas obrigações fiscais de maneira eficiente e pode até obter uma boa restituição.